sábado, 31 de janeiro de 2009
.Adrenochrome.
Estou correndo entre campos de flores amarelas, umas de formato oval outras de formato estrelar, como é bom sentir a brisa suave, cabelo no vento, olhos no céu...
De repente, o breu.
Cérebro tritura, pele arde, um cheiro insuportável de vômito me faz abrir os olhos.
- Puta que pariu (me soa como bom dia).
Tento sentar, olhos ainda mareados, vou tentar abrir só um pra ver se melhora, não melhora, da onde vem a porra desse cheiro de vômito?
Paro de respirar. Respira Adônis, pôe a idéia no lugar.
Finalmente consigo abrir o olho esquerdo, percebo que o cheiro vem da minha cueca, unica peça de roupa em mim, da minha cueca e das minhas pernas, mijo com vômito da noite anterior. Mas que porra eu fiz dessa vez?
Prefiro não tentar me lembrar do que fiz, não vai adiantar. Levantei e tentei me concentrar em chegar à cozinha. Cheguei, mas não sem antes chutar dois cinzeiros cheios.
No caminho passei pelo corredor e a luz das janelas faziam com que minha cabeça doesse e me fizesse xingar até a terceira geração da vodka que eu provavelmente bebi. Abri a geladeira e não tinha nada além de ovo, água e cervejas pela metade.
Quando voltei para o quarto "super alimentado", sentei na minha cama,de frente para a janela e fixei meus olhos no horizonte. Me veio meu sorriso safado que começou a se formar na minha cara, lembranças da noite anteior.
Meu semblante mudou para um e total susto quando recordei, olhei de baixo da cama e lá estava ela, com a boca suja de vômito, completamente nua.
Por um minuto senti compaixão dela, qual era mesmo seu nome? Provavelmente era ela que tinha fodido na noite anteior, levei para o banheiro e tentei dar um banho nela, mas acho que quem se banhou fui eu.
Ela sussurrou alguma coisa baixo, sinal de que estava viva. Me vesti, ma faltava um tênis. Consegui achar jogado perto do vômito, vi uma mancha branca. sim, alguém se aliviou no meu all star, como existiam chances de ser minha a porra, coloquei o tênis e fui embora.
No caminho, vi que tinha gente nos outros quartos, tão jogados e bêbados quanto eu. Ela vai ficar bem.
Saio do apartamento, tiro um cigarro todo amassado da minha calça, tento consertar mas continua torto, acendo. Olho para o relógio no meio da rua, 12:47, merda já perdi o horário do trampo.
Trago. Pra que lado é a estação República mesmo?
Mim, Theusrock.
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